domingo, 16 de novembro de 2014

#55 - Porque eu quero amor.

Falei pra mim mesmo: "É fase, logo passa."  - tentando realmente me convencer disso.
Mas no fundo do peito continuava aquela incerteza agoniante, da qual eu sempre quis me livrar.

É que sou um cara simples, pacato, que gosta de segurança. Não, não pense que vez ou outra gosto de arriscar. Faço até muito isso, em vários sentidos, mas não curto quando são meus sentimentos em jogo. Nessas horas prefiro ter um colo que sei que é só meu.

Mas aquele colo eu já não sabia mais. E isso me doía até os ossos.
Pensar em mim, solto no mundo, podendo voar o quanto e pra onde quisesse sem nenhum tipo de compromisso com ninguém.. podia ser o sonho de muita gente, mas pra mim era pesadelo.
"Por que?" - Eu que te pergunto. Por que?
Porque eu iria querer, depois de ter tudo, voltar ao zero? Depois de ser feliz, resolver entregar isso sem nenhuma luta? E lutei. E to lutando ainda. E vou lutar até onde eu aguentar.

Porque prefiro aprender com tudo, seja o bom ou o ruim. Porque eu quero amor.


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

#54 - Sobre a primeira Rosa que comprei pra alguém.

Pensei que tinha tempo.

Então sentei e pensei na gente. Pensei no que fazer pra salvar a gente.
Decidido, esperei pacientemente a hora que as lojas abrem, e com toda esperança do mundo, comprei seu chocolate preferido e uma rosa vermelha. "Que mulher não gosta de receber flores?", eu sempre ouvi. Cuidadosamente, guardei a rosa de um jeito que não fosse danificada, e mesmo sem saber se faria mal ou não, decidi colocar um pouco do meu perfume, pra moça que dizia amar meu cheiro. Uma rosa e chocolate branco. Não tinha como dar errado.


Mas deu.

Eu, que pensei que tinha tempo, acabei chegando atrasado. Um atraso que pode ou não ter mudado tudo. Teoria do Caos, sabe? "A idéia central da teoria do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro"É, pode ter sido isso.

E voltei. Sem ela. Com a rosa.

Agora, ela não esta aqui. E nem quer estar mesmo, já conversamos sobre. Mas a Rosa ainda me faz companhia. Só não sei se devo coloca-la em um copo com água na esperança de que ela ainda venha, de surpresa, do jeito que não consegui, ou se devo vê-la morrer, sem grandes interferências, como devo fazer com nosso amor.